O Escândalo político que envolveu a primeira dama do país, Dona Nair de Teffé, a compositora carioca Chiquinha Gonzaga e o senador Rui Barbosa no final do mandato do Presidente Hermes da Fonseca, ficou marcado na história como o episódio do “Corta-jaca” no Catete, em 1914. Clique aqui para saber mais.
Para comemorar o centenário deste acontecimento, músicos das mais diferentes gerações e formações gravaram o “Corta-jaca” especialmente para o site CG.com
Temos a honra de apresentar a participação especial do músico Roberto Gava
AUTOBIOGRAFIA: Nasci em São Paulo, cresci em São Paulo e nunca sai de São Paulo, mas para variar um pouco, nunca torci pro São Paulo, sempre fui palmeirense, sempre fui brasileiro e sempre torci pro Brasil… Ou quase sempre…
Sou paulistano por excelência, talvez por imposição ou ainda por falta de opção, mas na real eu gosto do São Paulo; Acho esse santo bem bacana, inclusive gosto de todos os santos, São Pedro, São Paulo, São Nicolau, São Jorge…
A música surgiu muito cedo para mim, não lembro quantos anos eu tinha, sei apenas que eram poucos. Com um empurrãozinho de meus irmãos, fui apresentado a um monte de gente super bacana; o primeiro que marcou minha infância foi Raul Seixas, com sua “Paranóia”, que deixou os meus cabelos arrepiados. Viciei na sua tetralogia, que considero uma obra prima até hoje; Krig-há, bandolo, Gita, Novo Aeon e Há dez mil anos atrás.
O tempo foi passando, e com ele fui crescendo; conheci Chico, o Buarque, Caetano, o Veloso… aí vieram os Nordestinos, o pessoal do Ceará, de Minas, os Beatles e outros tantos que nem me lembro mais. Nos anos 80 fui apresentado para a turma do Lira Paulistana, Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premê, Itamar e tantos outros que foram se tornando uma nova referência para mim.
Nessa mesma década, novamente por um empurrãozinho de meus irmãos, comecei a estudar violão e meu envolvimento com a música foi me transformando de mero ouvinte e espectador em instrumentista e compositor. Não demorou muito para que começasse a nascer às primeiras idéias, que logo se tornaram minhas primeiras canções.
De violonista, virei guitarrista, de guitarrista virei cantor, de cantor arranjador, de arranjador produtor, e de produtor não sei pra onde mais eu vou…
Apesar de ter tido vários professores, considero-me um autodidata; Eu tinha meu ritmo e forma de ver o mundo, nunca me adaptei a método algum e todo o conhecimento que conquistei foi alcançado de forma solitária e particular.
Tive algumas bandas, toquei aqui e acolá, montei meu estúdio, gravei com um monte de gente, e por fim finalizei meu primeiro cd, que é o único que tenho e inclusive se chama “Único”; um trabalho bastante eclético, fruto de muitos anos de história, fruto da minha história particular. www.robertogava.com.br