Ela nasceu Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) no Rio de Janeiro do Segundo Reinado, foi educada como uma sinhazinha e preparada para se tornar uma dama da corte, mas se consagrou como Chiquinha Gonzaga, musicista talentosa que contribuiu para a gênese da música brasileira. 

Mulher e mestiça, enfrentou todos os preconceitos da sociedade patriarcal e escravista para se firmar como pianista, compositora, regente e, por fim, líder de classe em defesa dos direitos autorais. Pioneira, Chiquinha Gonzaga abriu alas para todas e todos, deixando seu exemplo de luta pelas liberdades no Brasil.

Ó abre alas

Saiba tudo sobre a composição de Chiquinha que se tornou o hino do carnaval brasileiro

 

Carta de Alforria

Chiquinha tenta libertar um escravizado mas Jacinto recorre a justiça   

 

Saiu na imprensa

Noticias sobre Chiquinha em diversos periódicos de sua época desde 1863 

 

Maestra ou Maestrina?

Pesquisa sobre a utilização da palavra “Maestrina” pode revelar preconceito sobre as mulheres regentes. Em breve publicaremos sobre o assunto.

Foto de Chiquinha Gonzaga criança?

Não! A imagem que foi divulgada, equivocadamente, pela coluna do Ancelmo Gois,  é da cantora Eliseth Cardoso.

Chiquinha Gonzaga cantou ou tocou o Corta-jaca no Palácio do Catete?

Não! O tango Gaúcho, conhecido como “Corta-jaca”, foi tocado ao violão no Palácio do Catete pela primeira dama D. Nair de Teffé.

Chiquinha Gonzaga ficou com seu filho João Gualberto?

Não! Conforme o processo de divórcio, Chiquinha foi acusada de abandono de lar e não levou consigo nenhum dos filhos.

Chiquinha Gonzaga era branca?

Não! Chiquinha Gonzaga é afrodescendente e a cor de sua pele não era branca, como podemos notar em suas fotografias.

Chiquinha Gonzaga compôs mais de duas mil músicas?

Não! Chiquinha Gonzaga compôs em torno de 300 músicas, principalmente para piano solo e canto e piano.

Chiquinha Gonzaga era cantora?

Não! Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi pianista, compositora e regente, mas, a irmã de Luiz Gonzaga, também Chiquinha Gonzaga (1927-2011) foi compositora, cantora e acordeonista.

CHIQUINHA GONZAGA

LINHA DO TEMPO


Brasil, Rio de Janeiro

1840

  • Início do Segundo Reinado
    Dom Pedro II (foto)

1847

  • 17 de outubro
    Nasce Francisca Edwiges Neves Gonzaga, popularmente conhecida como “Chiquinha Gonzaga”. Filha de José Basileu Neves Gonzaga e Rosa de Lima Maria (foto: aos 2 anos no colo sua mãe)

1850

  • Foi proibido o tráfico de escravizados no Brasil

1858

  • Em homenagem a noite de Natal, Chiquinha, aos 11 anos,. compõe a “Canção dos pastores”, sua primeira música, com versos do seu irmão Juca.

1863

1864

1865

186?

  • Jacinto não apoia Chiquinha na música e intimada respondeu-lhe:
    • “Pois, Senhor meu marido, eu não entendo a vida sem harmonia”
  • Chiquinha se apaixona pelo engenheiro João Batista de Carvalho (foto), amigo da família e oposto de Jacinto.

1866

  • Chiquinha embarca com o marido no navio São Paulo, que transporta parte do II Corpo do Exército para a guerra.

1867

1869

  • Chiquinha é homenageada pelo amigo flautista e compositor Joaquim Callado que lhe dedica a polca para piano “Querida por Todos”

1870

1875

  • Nasce Alice (foto), filha de Chiquinha e João Batista de Carvalho
  • Chiquinha tenta libertar João, um escravizado pertencente a ela e Jacinto
  • Sofre processo de divórcio perpétuo movido pelo marido no Tribunal Eclesiástico

1877

1879

1881

1884

1885

  • Chiquinha torna-se a primeira mulher a estrear como compositora para uma peça teatral, foi a cena a opereta “A corte na roça”, libreto de Palhares Ribeiro
  • É presenteada com um
    broche de ouro
    (foto)
  • Estreia como regente aos 37 anos

1889

1890

1891

  • É promulgada a primeira Constituição Republicana.
  • A 19 de agosto morre José Basileu, seu pai. (f0t0)

1895

1899

  • Chiquinha compõe a marcha-rancho Ó abre alas, que se tornou um hino do carnval brasileiro
  • Envolve-se secretamente com o jovem João Batista Fernandes Lage (foto aos 16 anos).
    • Para esconder o relacionamento amoroso, Chiquinha o apresentava como “filho adotivo”. Joãozinho Gonzaga, como era chamado, ficou ao lado de Chiquinha até seus últimos dias

Viagens a Europa

  • 1902 Ao lado de Joãozinho, Chiquinha viaja para Portugal
  • 1904 Segunda viagem
  • 1906 Terceira viagem
    • “Na missa aos domingos era possível ouvi-la tocando o órgão da Igreja de Nossa Senhora do Amparo (foto) em Benfica/Portugal”

  • 1909 Chiquinha retorna ao Brasil

1912

  • Chiquinha compõe para as peças teatrais:
    • Colégio de Senhoritas
    • Forrobodó (grande sucesso) foi desta peça que nasceu a composição que mais tarde recebeu o título de “Lua branca”
    • Pomadas e farofas

1917

1925

  • Aos 78 anos Chiquinha recebe homenagem pela SBAT e de outras partes do Brasil.
    • “A Sociedade fez-me esta festa, eu fui contra, mas cedi vendo a boa vontade dos companheiros”

1933

1935

  • 28 de fevereiro: Chiquinha Gonzaga morre aos 87 anos deixando cerca de 300 composições além de dezenas de partituras para peças teatrais. (sua última foto, aos 85 anos)
Crédito: Wandrei Braga
Fontes: Chiquinha Gonzaga uma história de vida, Edinha Diniz; Biblioteca Nacional; Instituto Moreira Salles

Livro Biografia

Chiquinha Gonzaga: uma história de vida, por Edinha Diniz, revisada e atualizada. Zahar 2009. Saiba +

Biblioteca

Livros, revistas e publicações acadêmicas sobre a vida e a obra de Chiquinha. Saiba +

Minissérie em 3h

Edição Especial em 4 capítulos da produção televisiva inspirada em Chiquinha. Saiba +

Discografia

Álbuns de música (LPs e CDs) dedicados a obra da compositora. Saiba +

Coleção Partituras

Chiquinha Gonzaga para todos: piano iniciante ao avançado, 145 partituras, 4 livros. Saiba + ou Comprar

Programa na web

Falando de Chiquinha: Wandrei Braga fala com personalidades ligadas à compositora ao vivo. Saiba +

Chiquinha social

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Acervo e Arquivo

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Acervo Digital

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O Rio de Chiquinha

Lugares contam a história de Chiquinha na cidade do Rio de Janeiro. Saiba +

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