Manoel Theophilo faz o “Corta-jaca” em homenagem aos 100 anos da alforria da música popular brasileira

O Escândalo político que envolveu a primeira dama do país, Dona Nair de Teffé, a compositora carioca Chiquinha Gonzaga e o senador Rui Barbosa no final do mandato do Presidente Hermes da Fonseca, ficou marcado na história como o episódio do “Corta-jaca” no Catete,  em 1914. Clique aqui para saber mais. 
Para comemorar o centenário deste acontecimento, músicos das mais diferentes gerações e formações gravaram o “Corta-jaca” especialmente para o site CG.com

Temos a honra de apresentar a participação especial do pianista Manoel Theophilo

“Minha história com a Chiquinha Gonzaga começou em 1999 quando a Globo transmitiu a minissérie. Eu tinha, àquela altura, 11 anos de idade, e logo me identifiquei tanto com a pianista quanto com a mulher que ela foi. Não perdia um capítulo, e, já perto de terminar a minissérie, pedi a meus pais que me comprassem um piano. Claro que, convictos de que não era mais que um capricho de pré-adolescente, não me deram um piano… mas um tecladinho de duas oitavas! Ia com esse tecladinho de pilha pra cima e pra baixo, tirando melodias de ouvido e importunando meus colegas de escola. Após algumas semanas, vendo como eu me desenvolvia naquele pequeno instrumento, meus pais chamaram – não sem alguma insistência da minha parte – um professor particular de teclado. Estudei alguns meses naquele tecladinho até que meu professor disse a meus pais o óbvio: que eu não teria como progredir muito ali. Ganhei um teclado maior, mais profissional, e tive mais um ano de aulas. Nos mudamos para Brasília, onde comecei a ter aulas de piano. Durante mais um ano pude ter contato com a realidade do piano, embora meu teclado não ajudasse muito. Finalmente, no dia 22 de setembro de 2001, ganhei meu piano que até hoje me acompanha! Me mudei para o Rio de Janeiro, onde continuei meus estudos e, em 2005, veio a dúvida de todo jovem: pra que curso prestar vestibular. Diante do impasse usual, minha professora de piano foi clara: “Por que você não faz Música?”. Segui seus sábios conselhos e cursei minha graduação em piano no Recife, na UFPE, me formando no ano de 2010. Hoje, estou em vias de concluir o mestrado em piano na Universidade Federal da Paraíba. E tudo o que foi dito, e que ainda está por vir, eu devo, em grande parte, ao exemplo de vida da minha querida maestrina!”

Manoel Theophilo, pianista
Manoel Theophilo, pianista

Manoel Theophilo é bacharel em Piano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde estudou com a Prof. Dra. Heloísa Maibrada. Teve masterclasses com Maria Clodes Jaguaribe (EUA), Andres Roig (Cuba), Marco Antônio de Almeida (Alemanha), Hye-Youn Park (Coreia do Sul), Eudoxia de Barros (BRA), Mauro Bertoli (ITA), Michael Gurt (EUA), Edmundo Hora (BRA), entre outros. Estudou, como bolsista da CAPES, na East Carolina University (Greenville/NC/EUA) sob orientação da Prof. Dra. Keiko Sekino. Estudou baixo contínuo com a Prof. Dra. Luciana Câmara tendo atuado como cravista no 9º e 10º Festival de Música Antiga de Recife-Olinda onde tocou o Stabat Mater de Pergolesi sob regência de José Renato Accioly. Em 2007 obteve o 1º lugar no IX Torneio de Piano do Conservatório Pernambucano de Música. Atualmente cursa o mestrado em práticas interpretativas (piano) na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sob orientação do Prof. Dr. José Henrique Martins.

4 opiniões sobre “Manoel Theophilo faz o “Corta-jaca” em homenagem aos 100 anos da alforria da música popular brasileira

  • novembro 17, 2014 em 02:04
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    Adorei saber como você se inspirou em Chiquinha, como pessoa e musicista, para se tornar um pianista. Grande e talentosa mulher, que precisa muito ainda ser (re) descoberta pelos brasileiros! Parabéns pela sua dedicação à música e por seu talento!

  • outubro 29, 2014 em 21:47
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    Bravo meu neto! Amo as sua interpretações e as músicas que voce interpreta,bjs vó Malude

  • outubro 28, 2014 em 21:19
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    Este menino sempre foi de uma dedicação impar e de busca pela perfeição. Orgulho do pai

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