Chiquinha Gonzaga: uma história de vida, por Edinha Diniz (Zahar)

Lançada em 1984, a biografia Chiquinha Gonzaga uma história de vida, escrita por Edinha Diniz, é revisada e atualizada. Ao acessar documentos antes indisponíveis, Edinha traz novas e importantes revelações sobre a vida de Chiquinha. Conheça a história da biografia aqui

Ó abre alas, que eu quero passar… A música mais popular de Chiquinha Gonzaga bem poderia servir como lema para sua vida. Compositora e maestrina de sucesso, numa época em que mulher não tinha profissão, ela abriu caminhos e ajudou a definir os rumos da música brasileira. O livro traz cerca de 90 imagens que convidam o leitor a conhecer o Rio de Janeiro da virada do século pelo olhar de grandes fotógrafos, além de fotos do acervo da família. Com uma pesquisa continuada da autora sobre detalhes da vida de Chiquinha, essa edição comemorativa dos 25 anos da obra torna-se imprescindível. Com belas e raras imagens do acervo fotográfico do IMS de Marc Ferrez, Augusto Malta e Georges Leuzinger. Inclui documentos inéditos.

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Capa



Ficha Técnica: Editora: Zahar – Lançamento: 8/9/2009 – Assunto: Biografia – 320 páginas – 16x23cm – 1ª edição – ISBN 9788537801642 – Código: Z1282

1ª edição

Editora Codecri, 1984, Coleção Cultura Brasileira 2

Apresentação: Muniz Sodré

Há quem diga que a clareza é a honestidade do filósofo. Não estou absolutamente certo quanto a isto no que se refere à filosofia, mas posso afiançar que tal qualidade do texto é muito desejável em ensaios sócio-históricos. E esta é a grande virtude deste ensaio de Edinha Diniz: um trabalho claro, informativo, sem truques. Ela se propõe a fazer “o relato da vida de uma mulher incomum, audaciosa, pioneira, talentosa e com uma enorme determinação de vontade” e se justifica:

“A antecipação com que usou a liberdade pessoal faz dela a primeira grande personagem na história do Brasil a não ser uma heroína no sentido oficial; não estava a serviço da pátria, nem da humanidade, nem de um marido. Estava apenas a serviço de si mesma, de suas vontades e desejos. Só que isto não era permitido a uma mulher.”

A personagem em questão é Francisca Gonzaga. Melhor: a Maestrina Chiquinha Gonzaga, que tanto encantou e incomodou a sociedade carioca antes e depois do século. Encantou, porque “quem quiser conhecer a evolução das nossas danças urbanas terá sempre que estudar muito atentamente as obras dela”‘ (Mário de Andrade). Incomodou, porque os padrões familiares do Segundo Reinado, que persistiram até muito depois da República, não comportavam uma sinhá-dona com ideias próprias, movimentação autônoma e, ainda por cima, música profissional. Chiquinha Gonzaga, “trigueira e danada”, rompeu os diques, as barreiras, deixou fluir o dissabor – mas também a glória.

No trabalho de Edinha Diniz — uma biografia com adequado pano de fundo social e histórico —, Chiquinha Gonzaga aparece como uma contrapartida nacional para figuras modelares da inquietação feminina europeia, como, por exemplo, Isadora Duncan ou Colette. Abolicionista fervorosa, republicana convicta, antiflorianista mordaz, ela participou intensamente de sua época, enfrentando o escândalo patriarcal, merecendo a frase admirativa de Lopes Trovão: “Aquela Chiquinha é o diabo!”

A clara biografia de Edinha Diniz faz honra à simplicidade nacionalista da obra de Chiquinha Gonzaga. Muito que bem.

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Som, luz e emoção: assim é Edinha Diniz. Socióloga e roteirista, trocou a carreira segura de professora universitária na Bahia, sua terra, pela aventura de fazer cinema no Rio de Janeiro. Queria continuar dedicando à cultura popular a preocupação de estudiosa e a paixão de baiana impregnada da sua cultura mestiça ou, como gosta de definir, melaninada. Aí surgiu a encomenda de um roteiro para documentário sobre Chiquinha Gonzaga. Dotada de método e paixão Edinha Diniz mergulhou no Rio de Janeiro oitocentista para resgatar a personalidade mítica de Chiquinha Gonzaga. O trabalho com o arquivo inédito da compositora e maestrina carioca consumiu os seis anos seguintes de sua vida.

O resultado aí está. Chiquinha Gonzaga: uma história de vida e ao mesmo tempo a história de uma mulher e de uma cultura. E de como as duas romperam a dominação de uma sociedade patriarcal e colonizada. Percorra com ela o caminho da luta pela libertação.

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2ª edição

Editora Rosa dos Tempos, 1991

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O século XIX brasileiro teve em Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935) sua figura emblemática da inquietação feminina. Um caso pioneiro de emancipação feminina, a compositora e maestrina carioca pagou caro por sua ousadia: um dos preços foi o esquecimento. O resgate foi finalmente possível depois de uma longa pesquisa. Chiquinha Gonzaga: Uma história de vida é ao mesmo tempo a história de uma mulher e de uma cultura. E de como as duas romperam a dominação de uma sociedade patriarcal e colonizada.

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5ª edição

Editora Rosa dos Tempos, 1999

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O século XIX brasileiro teve em Chiquinha Gonzaga (1847-1935) sua figura emblemática da inquietação feminina. Um caso pioneiro de emancipação feminina, a compositora e maestrina carioca pagou caro por sua ousadia: um dos preços foi o esquecimento. O resgate foi finalmente possível depois de, uma longa pesquisa – Chiquinha Gonzaga: uma história de vida é ao mesmo tempo a história de uma mulher e de uma cultura. E de como as duas romperam a dominação de uma sociedade patriarcal e colonizada.

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