Clara Sverner, pioneira na divulgação da obra de Chiquinha Gonzaga, abre concerto na Sala Cecilia Meireles com peças da compositora

Gravado no dia 27 de agosto de 2024. Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro-RJ)

Programa: Chiquinha Gonzaga: Bionne, Atrahente W. A. Mozart: Sonata Kv 331 M. Ravel: Sonatine Glauco Velasquez: Devaneio, Brutto Sogno J. Brahms: Intermezzos Op. 117 F. Chopin: Preludes Op. 28, Ballade nº1

CLARA SVERNER. Uma das maiores pianistas brasileiras, Clara Sverner, possui duas indicações ao Grammy Latino e uma carreira que a tornou uma das mais prestigiadas virtuoses brasileiras. Clara Sverner teve sólida formação que se iniciou em São Paulo com o professor José Kliass. Aperfeiçoou-se mais tarde nos centros musicais mais avançados, como o Conservatório de Genebra, onde recebeu uma medalha de ouro, e o Mannes College of Music, de Nova Iorque. Premiada no Concurso Internacional Wilhelm Backhaus, ainda adolescente iniciou a vitoriosa carreira que a tornou uma das mais prestigiadas virtuoses brasileiras. Seu grande mestre foi o notável Koellreuter, grande pensador, que a ajudou sempre a pensar na liberdade e aperfeiçoamento do artista. Aos 18 fez a estreia do piano de Khatchaturian com o grande maestro Eleazar de Carvalho. Privilegiando, antes de tudo, a qualidade estética, o arrojo da invenção e a carga expressiva das músicas que executa, Clara Sverner é uma artista inquieta que não se cansa de se aperfeiçoar, pesquisar e ousar. No domínio da música clássica brasileira, foi a principal responsável pela redescoberta das obras de Glauco Velásquez e Chiquinha Gonzaga,a quem dedicou várias gravações. Em 1980, saiu o primeiro álbum com algumas obras para piano da maestrina. O sucesso foi imenso e, em 1981, gravou o segundo LP com outras obras de piano dessa fecunda compositora. Em 1999, o CD “Chiquinha Gonzaga por Clara Sverner”, foi utilizado na minissérie da Rede Globo, intitulada “Chiquinha Gonzaga”. Sua discografia que reflete sua estética apurada e seu espírito de vanguarda, consiste em mais de 29 títulos, distribuídos internacionalmente. Em sua parceria com o saxofonista Paulo Moura, aboliu fronteiras, abriu-se para outros universos sonoros, explorando um repertório que abrangia desde os clássicos da nossa música popular. Com Paulo, gravou quatro discos, sendo que o disco “Vou Vivendo” ganhou o prêmio Villa-Lobos. Gravou a “Íntegra das Sonatas de Mozart” onde o primeiro volume de “Mozart Por Clara Sverner” foi finalista do Prêmio TIM. O Vol. 2 ganhou o Prêmio TIM de Melhor Disco Clássico. O Vol. 3 indicado ao Grammy Latino. O disco “Chopin por Clara Sverner”, lançado em 2011, foi indicado ao Grammy Latino, na categoria de melhor álbum de música clássica.

Produção executiva: Cintia Pereira Filmagem e edição: Capuzzo Produções

Deixe um comentário