Jacinto Ribeiro do Amaral, rapaz de família bem sucedida, primeiro e único matrimônio de Chiquinha Gonzaga, passando a assinar Francisca Edwiges Neves Gonzaga do Amaral (foto ao lado), com o qual teve 3 filhos:
1864, nasce João Gualberto, a 12 de julho.
1865, nasce Maria, a 12 de novembro.
1870, nasce Hilário, a 13 de janeiro.
Chiquinha Gonzaga, 18 anos. Fonte: arquivo Edinha Diniz
Foi padrinho de casamento Marquês de Caxias, importante personalidade militar do século XIX. O casamento dura cerca de 10 anos, e ao ser questionada por Jacinto, Chiquinha não teve dúvida e respondeu: “Não entendo a vida sem harmonia”.
Em março de 1875 Chiquinha escreve uma Carta de Alforria para libertar João, um jovem escravizado do casal, mas nesta data Chiquinha não morava mais com Jacinto há anos, revelou os documentos encontrados.
No mesmo ano Chiquinha sofre processo de divórcio perpétuo movido pelo marido no Tribunal Eclesiástico, revelou a biografia revisada e atualizada sobre compositora.
E eis que o casamento se faz. Não sabemos precisamente a quem coube a escolha do marido mas, dado o prematuro e desastrado desfecho, parece que não resta dúvida que foi tarefa da qual a noiva não podia se responsabilizar. Ela com 16 anos de idade, morena, de baixa estatura, olhos e cabelos escuros – sendo estes levemente ondulados -, tinha um tipo faceiro, para usar um adjetivo da época. Ele, 24 anos de idade, de estatura alta, compleição atlética, olhos azuis e cabelos alourados; como se dizia naquele tempo, um homem garboso. (Edinha Diniz, Chiquinha Gonzaga: uma história de vida)
Página do livro com o registro do casamento de Chiquinha e Jacinto

Diário do Rio de Janeiro. 08/11/1863 – Anuncio sobre o casamento de Chiquinha Gonzaga e Jacinto Ribeiro do Amaral
Obs: imagens fornecidas por Fernando dos Reis, a quem agradecemos.