MAXIXE DE CARRAPATOSO E ZÉ POVINHO , da revista fantástica AMAPÁ

Maxixe da revista fantástica em 4 atos e 19 quadros Amapá, de Moreira de Vasconcelos (1859-1900), representada no Teatro Santana em novembro de 1896, foi publicado por Buschmann e Guimarães, provavelmente, no ano seguinte.

Trata-se do Maxixe de Carrapatoso e Zé Povinho, personagens da revista. É curioso que este seja o único maxixe publicado que encontramos na obra da compositora, mestra em apresentar maxixes nos atos finais das peças teatrais que musicava. Isto se deve ao fato de a palavra ‘maxixe’, nessa época, ser utilizada apenas para designar a dança desenvolvida ao som do tango brasileiro, este sim, gênero musical. Era, portanto, sob a designação de ‘tango brasileiro’ que Chiquinha Gonzaga publicava seus maxixes. Também, assim, o editor evitava o nome da ‘dança excomungada’, capaz de enrubescer sinhazinhas recatadas, seu público consumidor. Há uma curiosa edição francesa, de 1923, na qual consta como samba, com o título Carrapatoso, em álbum que recomendava as mais recentes danças em voga. [“Cinquième album Francis Salabert pour piano seul” — “Francis Salabert vous racommand ce nouvel album qui contient 25 de ses plus-récent danses en vogue”. Paris. Ed. Francis Salabert, 1923]. Foi gravada por Roberto Szidon (piano) com o título Carrapatoso, em 1980; e por Clara Sverner (piano), 1998. Há também uma gravação de Clara Sverner com Paulo Moura (sax), 1986. Da revista Amapá há também no Acervo Digital Chiquinha Gonzaga um tango e uma valsa.

download das partituras

 

  Parceria Institucional Produção Patrocínio
Lei de Incentivo à Cultura Instituto Moreira Salles Sociedade Brasileira de Autores Integrar Produções Culturais e Eventos EMC Natura Ministério da Cultura