FOI UM SONHO!..., da “peça anticlerical” O CRIME DO PADRE AMARO |
Publicada por Manoel Antônio Gomes Guimarães, c. 1890, na série Cançonetas de vários autores para piano e canto. Foi cantada no drama O crime do padre Amaro, peça escrita por Augusto Fábrega (1859-1893) – a quem, inclusive, a música é dedicada – a partir da obra de Eça de Queirós. Considerada anticlerical, a peça em 6 atos e 7 quadros foi apresentada no Teatro Lucinda, em abril de 1890, e incluía outra música de Chiquinha Gonzaga, Meditação. Esta barcarola foi também anunciada com o título de Como um sonho. O autor dos versos, Ernesto de Souza (1864-1928), amigo pessoal e parceiro de Chiquinha em outras composições, era farmacêutico, tendo enriquecido como fabricante do Rum Creosotado, cujo anúncio em verso nos bondes da cidade tornou-se famoso.
letra de de Ernesto Souza
Foi-me toda esperança
Via ainda uma vez
Tão bela, gentil criança
Que uma outra igual não há.
Olá, Olá
Aquele anjo risonho
Olá, Olá
Passou, morreu,
Foi um sonho.
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