CARAMURU, deus do fogo

Cantado e dançado na peça De 13 de maio a 15 de novembro, de Luís Furtado Coelho (1831-1900), comédia em 3 atos representada no Teatro Lucinda, em março de 1889. Em 30 de agosto do mesmo ano, a música foi apresentada no Imperial Teatro S. Pedro de Alcântara em festa artística da maestrina em homenagem ao maestro Carlos Gomes. Segundo o programa: “Fado brasileiro dançado e cantado a caráter, dedicado à Exma. Sra. D. Candida Muniz Barreto Costa, executada por violões, violas e pandeiros, música de Francisca Gonzaga, por diversos amadores”. A orquestra original, diz a lenda, reuniu cerca de cem violões do Castelo, Gamboa, Catumbi, São Cristóvão, dos subúrbios, enfim, de todo bairro habitado pelos músicos populares. A apresentação escandalizou, mas representou para o violão, instrumento ainda estigmatizado, um avanço na conquista de espaço e de reconhecimento. Mais tarde, em dezembro de 1912, Caramuru foi incluído na peça Pudesse esta paixão, de Álvaro Colás, uma burleta de costumes nacionais em 3 atos e 6 quadros, representada no Teatro Apolo.

Edinha Diniz, 2011

letra de Furtado Coelho

 Quando brilhando vem

O alvor da madrugada

Acorda no seu ninho

O alegre bem-te-vi,

Meu coração também

Ó minha doce amada,

Acorda meu amor,

Pensando só em ti!

As nossas tristezas

Deixamos de lado

Requebra, quebra,

Quebra no fado.

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