A CORTE NA ROÇA, Opereta em 1 ato (completa)

Partitura de estreia da compositora no teatro, A Corte na Roça marca a carreira da maestrina, a quem um jornalista chamou de maestra, dizendo não saber se era lícito afeminar esse termo. O pioneirismo fez Chiquinha Gonzaga escandalizar até a língua portuguesa. Há anos desejando musicar um libreto, a compositora encontrou um parceiro no iniciante Palhares Ribeiro. A opereta foi entregue para ensaios à empresa do Teatro Príncipe Imperial, onde estreou em 17 de janeiro de 1885.

 

O enredo tratava de costumes do interior do país e teve o texto censurado pela polícia, que alterou versos como estes: “Já não há nenhum escravo / Na fazenda do sinhô / Tudo é bolicionista / Até mesmo o imperadô”. A palavra imperadô foi substituída por seu dotô. Nos ensaios, um delegado ameaçou cortar a dança final, ponto forte da peça. A imprensa quis ver na ação da polícia, na má vontade do pessoal da companhia e na indiferença do grande público uma conspiração contra a compositora pela novidade de a opereta ser escrita por uma mulher, coisa rara na história da música. O fato é que ali Chiquinha Gonzaga começava uma carreira de maestrina na qual completaria jubileu artístico.

 

 

download das partituras

 

  Parceria Institucional Produção Patrocínio
Lei de Incentivo à Cultura Instituto Moreira Salles Sociedade Brasileira de Autores Integrar Produções Culturais e Eventos EMC Natura Ministério da Cultura