VALSA DA RAINHA SARACURA E DO PRÍNCIPE D. CHICHI, da peça fantástica A BOTA DO DIABO |
Publicada pela primeira vez, Acervo Digital Chiquinha Gonzaga, 2011.
Esta valsa integrava a peça fantástica homônima em 3 atos, 10 quadros e 3 apoteoses, de autoria de Avelino de Andrade (1866-1937), representada no Teatro Avenida, de Lisboa, em dezembro de 1908. A composição foi feita em Lisboa, em 13 de fevereiro de 1907. Da peça A bota do diabo há também no Acervo Digital Chiquinha Gonzaga um maxixe, Marinagem, Quinteto dos ministros, Romance da princesa, e Serenata.
letra de Avelino de Andrade
Julgo-o meio apropinquado
Na altura das circunstâncias
Ter para genro um soldado
Nas dominâncias condecorado
Por bravura e petulâncias
Todo elegâncias todo arrogâncias
Era o meu sonho dourado
Ter para genro um soldado
Veio ao pintar da faneca
Todos comigo concordam
Que saracura sapeca!
Bruxa macacos te mordam!
Corre um fluido belicoso
Em minhas veias vulcânicas
Amo o canhão ribomboso!
Peças titânicas
Enchem de gozo
As minhas funções timpânicas
Genro soldado…
Que belo achado!
Era o meu sonho dourado
Ter para meu genro soldado